11/07/2025
05:50:31 AM
Pastor alerta após vitória de muçulmano para prefeito de
NY: ‘Orem pela cidade’
Nova
Iorque terá um novo líder com ideias que têm sido tanto abraçadas
quanto criticadas, prometendo agitar o cenário político da cidade.
Zohran Mamdani, de 34 anos, que se identifica como muçulmano
e socialista democrata, foi eleito prefeito de Nova Iorque na terça-feira (04),
após uma campanha marcada por propostas ousadas e declarações controversas.
Ele obteve cerca de 1.036.051 votos, o equivalente a 50,4%
do total, derrotando o ex-governador Andrew Cuomo (41,6%), também Democrata, e
o republicano Curtis Sliwa (7,1%).
Em seu discurso de vitória, o filho de imigrantes de origem
ugandesa e indiana elogiou “donos de bodegas iemenitas, avós mexicanas,
motoristas de táxi senegaleses, enfermeiras uzbeques, cozinheiras trinitárias
(de Trinidad e Tobago) e tias etíopes” por contribuírem para sua eleição.
Anti-Israel
Durante a campanha, Mamdani chamou a atenção por sua postura
crítica em relação a Israel, recebendo reações da comunidade judaica,
especialmente da expressiva população que vive em Nova Iorque, cidade que nos
próximos meses será governada por ele.
Mamdani defende o boicote a empresas e produtos israelenses,
causando preocupações na comunidade, que considera sua postura antissemita.
O The Jerusalem Post lembra que as próprias palavras de
Mamdani ampliaram as preocupações.
Em um vídeo de 2021, que voltou à tona na cobertura recente,
ele afirmou que cofundar o capítulo do SJP (Students for Justice in Palestine –
movimento estudantil que defende a causa palestina) em Bowdoin e seu ativismo
pró-BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel) foram a “principal
razão” pela qual decidiu se juntar aos Socialistas Democratas da América.
Em diversos momentos, repetiu o slogan “globalizar a
intifada”, expressão interpretada por críticos como um chamado à resistência
armada contra Israel e comunidades
judaicas em escala global.
Em Nova Iorque, que abriga a maior comunidade judaica fora
de Israel, cresce a preocupação com possíveis tensões e atos de provocação
contra judeus nova-iorquinos após sua eleição.
Valores cristãos
Suas posições, como a defesa da abolição da propriedade
privada, e as duras críticas à atuação da polícia de Nova Iorque geraram
debates acalorados durante a corrida eleitoral, dividindo opiniões entre
eleitores e analistas políticos.
Após sua eleição para comandar a maior cidade dos EUA,
Mamdani enfrentou reações diversas, incluindo críticas de líderes religiosos
cristãos.
O pastor Martin Sedra, pastor da Echo Church, fez
declarações no Instagram demonstrando preocupação com a escolha, afirmando que
teme impactos sobre valores cristãos e a cultura americana.
Segundo Sedra, a vitória representa “um desafio para
princípios que considera fundamentais”, e pediu orações pela cidade.
Especialistas apontam que esse tipo de reação reflete
tensões históricas entre grupos religiosos e propostas políticas progressistas.
Poucos dias antes da eleição, a igreja Movement
Church publicou em seu Instagram uma postagem afirmando: “Nova
Iorque pertence a Jesus”.
E acrescentou: “Cada centímetro quadrado deste planeta, cada
bairro e cada quarteirão da cidade de Nova Iorque pertencem a Jesus. Ele é o
rei legítimo desta cidade. Que todo joelho se dobre e toda língua confesse: Ele
é o Senhor”.
Impactos
Para seus apoiadores, a vitória representa uma oportunidade
de transformação profunda na cidade, com foco em justiça social e
redistribuição de recursos.
Já os críticos alertam para possíveis impactos econômicos e
sociais das medidas propostas, especialmente em temas como segurança pública e
mercado imobiliário.
A posse de Mamdani está prevista para os próximos meses, e
especialistas apontam que sua gestão será acompanhada de perto tanto por
defensores quanto por opositores, diante das promessas de mudanças estruturais.
Fonte: GUIAME
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