03/13/2025
05:57:01 AM
Pastores enfrentam ansiedade e medo na Nicarágua
Entenda os desafios de liderar igrejas perseguidas pelo
governo
Desde os protestos contra o regime de Daniel Ortega
em 2018, muitos cristãos tornaram-se alvos da perseguição por parte do governo
na Nicarágua.
Os seguidores de Jesus passaram a enfrentar ataques como prisão, encerramento
de ONGs, desapropriação
de bens, monitoramento, deportação ou exílio.
Adriana (pseudônimo) e seu marido lideram uma igreja na
capital Manágua e criaram seus filhos para testemunharem o amor de Deus e
trabalharem na implantação de seu reino na terra. Impelidos pelo senso de
justiça, seus filhos universitários participaram do primeiro protesto contra as
reformas previdenciárias, aumento de custo de vida, censura, repressão e
corrupção.
Um dos jovens estava em uma atividade religiosa na
Catedral Metropolitana de Manágua e foi atacado pela polícia, juntamente com
outros participantes. Todos se refugiaram na igreja por cinco dias. Outro filho
participou de uma manifestação e precisou ficar escondido em outra casa por
dois dias após um ataque policial.
As consequências da pressão
Nesse período, o estresse e a ansiedade enfrentados por
Adriana desencadearam um problema cardíaco, mas ela continuou liderando a
igreja com seu marido. A perseguição à família cristã piorou quando seu esposo
se recusou a participar das eleições.
O pastor queria protestar contra a falta de transparência
e justiça no processo eleitoral mas, consequentemente, a igreja perdeu o
registro de funcionamento. Além disso, toda a família passou a ser monitorada
por policiais e agentes do governo e teve dificuldades para acessar documentos
necessários para a educação dos filhos.
Confiança na incerteza
A situação de Adriana e seu esposo é comum a diversos
líderes cristãos na Nicarágua. “Muitos pastores estão sofrendo; alguns não
conseguem dormir, cheios de ansiedade e medo. Eles não sabem se amanhã serão
eles que perderão o que têm: igrejas, terras ou até mesmo contas bancárias”,
afirma a cristã.
Apesar das perdas, Adriana sabe que a perseguição faz
parte da vida cristã genuína. “Nossa esperança é permanecermos firmes até o
fim, não nos curvarmos ou nos ajoelharmos diante de qualquer sistema
governamental que vá contra as leis e os princípios do Reino de Deus”,
conclui.
Fortaleça
líderes cristãos na América Latina
Para resistir a pressão e violência, líderes de igrejas
na América Latina precisam estar aptos a responder à perseguição
biblicamente. Faça uma
doação e permita que pastores e líderes cristãos na América
Latina recebam treinamento.
Fonte: Portas Abertas
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