12/06/2023
05:54:28 AM
Você se
lembra de Dhea?
A cristã foi presa por
engravidar de um abuso sexual no Sudeste Asiático
Dhea anuncia a esperança que encontrou com a ajuda de
voluntários da Portas Abertas
Hoje, Dhea (pseudônimo) é uma de nossas parceiras
locais, mas há pouco tempo ela era uma das cristãs perseguidas
socorridas pela Portas
Abertas. O testemunho comovente dela foi tema da revista
de abril de 2022. Antes de conhecer a Jesus, ela foi
abusada sexualmente por um muçulmano muito respeitado em sua comunidade e, ao
invés de ser socorrida como vítima, ela foi presa como impura e condenada por
ter engravidado do abuso.
As terríveis condições na prisão fizeram com que Dhea perdesse o bebê que
estava gerando, mas foi no cárcere que uma nova vida começou. Ela conheceu a
Bíblia e a salvação em Cristo e, com o apoio de parceiros da Portas Abertas,
encontrou também acolhimento e forças para superar os traumas causados por
tanta violência. Hoje, no Dia Internacional do Voluntário, veja as novidades
sobre o ministério que Dhea tem conduzido no Sudeste
Asiático.
Ministério no exílio
Dhea foi
exilada do país onde vivia e até hoje não pode voltar para casa.
Apesar disso, ela não desanima em cumprir a missão para a qual Deus a chamou.
Parte do ministério de Dhea é acolher pessoas, especialmente mulheres, em
situações de risco. A nação onde ela está é um local para onde muitas pessoas
viajam em busca de tratamento médico.
Muitas mulheres grávidas vão ao país onde a cristã está para o parto, porque
outras nações não têm os recursos adequados para ampará-las, especialmente nos
casos de complicações na gravidez. Dhea, que perdeu seu bebê na prisão, hoje
ajuda outras mulheres em situações difíceis e testemuha o nascimento milagroso
de muitas crianças. Um nascimento em especial a marcou
recentemente.
Uma mulher muçulmana, com quatro meses de gravidez, e o marido foram para o
país onde Dhea está. Mas, ao invés de buscar apoio médico, o casal estava ali
para interromper a gravidez. A mulher contou para Dhea que ela e o marido
tinham outro filho e que se ela tivesse esse outro bebê não poderia voltar a
trabalhar e assim ela perderia uma promoção no emprego que ela esperava há
muito tempo. Por isso o casal optou por tirar o bebê.
Dhea ficou chocada. Ela já havia ajudado tantas pessoas emocional e fisicamente
enquanto completavam os tratamentos médicos, mas essa era uma situação
inusitada e que ia contra os seus princípios. Ela não queria fazer parte
daquilo. Dhea disse que não poderia ajudar a mulher, que começou a chorar e
implorar o apoio da cristã. “Vou levá-los ao hospital, mas não posso ajudá-los
com nada além disso”, disse Dhea, determinada.
Quando chegaram ao hospital, a mulher segurou a mão de Dhea e insistiu que ela
a acompanhasse. Com muita relutância e compaixão, Dhea acompanhou o casal e os
três ficaram em silêncio na sala de espera enquanto aguardavam o atendimento. A
cristã não sabia o que dizer. O coração dela estava partido com o pensamento de
que uma criança estava prestes a ser arrancada do útero daquela mulher, mas, ao
mesmo tempo, não queria se intrometer nas escolhas da família que mal
conhecia.
Surpreendida
O marido saiu para procurar algo para comer no hospital e Dhea ficou sozinha
com a gestante. Naquele momento, ela sentiu a necessidade urgente de dizer algo
e sabia que era Deus que queria que ela fizesse aquilo. Ela aprendeu a
reconhecer quando Deus falava através dela após tantas situações em que foi
usada dessa forma. “O seu bebê tem unhas”, disse Dhea. “Não entendi”,
disse mulher. “Seu bebê tem cabelo, tem dedos, pode ouvir, seu bebê
tem um coração", Dhea continuou com o coração acelerado a cada palavra,
sentindo que não era direito dela dizer palavra alguma. A mulher começou a
chorar descontroladamente e disse a Dhea que nunca quis tirar o bebê, mas
estava decidindo de maneira prática. A ideia de ter o bebê causou muitos
conflitos no casamento e no trabalho dela.
Dhea não disse mais nada. O nome da mulher foi chamado e Dhea a acompanhou,
mesmo querendo não ter relação nenhuma com aquela situação. A mulher se sentou
na cadeira de exame e Dhea estava atrás dela. O médico perguntou por que
estavam ali e depois de um longo silêncio, a mulher disse ao médico: “Vim para
uma consulta de rotina". Dhea ficou boquiaberta.
Fonte: Portas Abertas
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